Será que não é tão ousado escrever poesia? (poema, cordel...), não se arriscar demais e ser ridicularizado pelo público avezado em literatura? Ou será que a ousadia e o risco não estão em agradar ou desagradar o leitor? E sim, exprimir, se expor e deliciar com o encantado e fantástico mundo colorido e cinzento, alegre e triste... da literatura? No certo, não se sabe por que se escreve poesia. Talvez seja pela mesma sede que se tem por alimento, pela oração, principalmente, pela necessidade de se encantar pelo belo e pelo estético, assim como o desejo de denunciar a injustiça, e por fim, promover a cultura da paz. O poeta se encanta, se emociona, se irrita, e só assim, se realiza com seus feitos, escritos. Se escrever poema, cordel, é minha sina, vivo contente por isso e talvez morrerei feliz. Atrevo-me a dizer do medo e, ao mesmo tempo, da emoção de poder escrever algo que aposto ser benévolo para meu ser e para a sociedade. Claro, dentro da minha versão de verdade e de pensamento. A obra em punho se trata de uma composição poética, versada naquilo que eu acredito que seja o sentimento de muitos, pelo menos, daqueles que buscam, que brigam, que sonham e que acreditam que nós, humanos, podemos e devemos ser mais realizados, mais justos, mais fraternos, para dizer, mais humanos.