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A travessia de Moisés nos parece verossímil? E a força de Sansão? Os milagres do Cristo? O canto de Iara, Mãe d’Água? Como tudo o quanto é milagroso, mágico e sublime pode até não ser verossímil, mas, aos olhos da fé, são verdades eternas. Da mesma forma, pode não ser verossímil um casal de coelhos enormes distribuir doces, ou de fantasminhas brincalhões arrancar sorrisos, ou ainda, um casal Noel encantador esparramar presentes. Mas, os puros de coração sabem que é um direito de todos crer ou descrer, ao mesmo tempo que ninguém tem o direito de desesperançar. A nossa obra tem um questionamento e propõe uma tese: integrar torcidas violentas, eleger políticos canalhas e idolatrar famosos infames é próprio dos grandes e dos adultos, mas, acreditar em coelha e coelho da Páscoa, Mamãe e Papai Noel, fantasminhas engraçados e demais mascotes que, inegavelmente, espalham amor e aliviam a dor é ser “sentimentaloide” ou “infantiloide”? Não! Não pode ser! Assim, que a felicidade de sermos um do outro, tanta que nem há quanta, espante o desespero e espalhe a esperança com verdades que superam a verossimilhança
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“Isso denuncia que esta obra está absolutamente fora da moda, de sua época, e é por isso desprovida de atrativos e bom senso. Que obra desprezível, anacrônica, perversa. De fato, e a verdade precisa ser dita: que obra maldita, mal falada, malfadada,mal escrita [...]”
“[...] Este livro de mau gosto, de mau agouro porque diz verdades, talvez não deva mesmo, enfim, sendo proscrito ser prescrito a ninguém [...]”
“[...] tais indivíduos podem passar mal ao ler este livro detestável e tóxico [...]”
“Aliás, é um livro miserável, deprimente, revoltante (da primeira à última página)”
“Mas uma obra indigesta assim não pode ser louvada [...] E este é, de fato, um livro perigoso [...]”
“Aliás, esta obra é como um fruto proibido: um pecado. Falo e falo a verdade. Sobretudo às mulheres: Afastem-se deste mal!!! [...] Porém, eu repito a um improvável leitor: não leia, não se atreva, não se fira, não ceda à tentação, não abra a obra[...]”
“Mas, se alguém por curiosidade não consentir em me obedecer e ceder à tentação – em vez de deixar este livro fechado, censurado, pendurado para sempre, calado, intocado na árvore do esquecimento, saiba; ouça!!! (não se atreva). Antes de ser picado por esta obra [...]”
Trechos extraídos do antiprefácio
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Eis que a Musa Claudia Cristina Ferrari Henriques faz a Alexandre Chiconelli Henriques outra revelação ao seu Poeta Alexandre Chiconelli Henriques. Cursando o Doutorado em Brasília, mas morando no ABC Paulista, ir à Faculdade se tornou uma questão logística. Quatorze horas de ônibus ou duas horas de avião? Os dois! Fomos à Brasília de ônibus e voltamos a São Paulo de avião. Muitas são as razões deste livro que serão elencadas jamais em ordem de importância, mas numa mera sequência lógica: declarar eterno amor; manifestar infinita gratidão; registrar nosso testemunho e repensar a vida. O lugar comum é que o céu seja abençoado e que o chão seja pisado. Sem entrar no mérito de que a bomba atômica foi lançada do céu e de que os alimentos vêm do chão, o fato é que lá de cima no céu, é um abismo de incertezas, é um firmamento sem firmezas; só Claudia soube ser um chão de estrelas. Este também é um livro para todo aquele e toda aquela que se acham, respectivamente, o tal e a tal, pois medem a todos de cima abaixo, mas dificilmente suportariam ver o mundo do ângulo celestial. Principalmente porque ali no alto, não tem sudra ou marajá, não tem ignorante ou doutor, não tem barganha nem coalizão; lá estamos literalmente na palma da mão daquilo que faz cada qual, ao seu modo, prostrar-se em oração e rogar compaixão. No que me concerne, eu estive na palma da sua mão, Claudinha Amada, pois só você lá no céu das incertezas é meu chão de estrelas. Yuri Gagarin disse: “fui ao céu e não vi Deus.” da perspectiva espacial. Impressionante termos ido tão além num simples voo nacional.
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A fada do contrário”, primeiro livro da professora Rosi Flor, encantou os leitores com seu texto lúdico e repleto de sentimentos, sendo recebido com aplausos pela crítica e pelo público. Em seu novo livro, “Era uma vez, Berenice”, Rosi Flor se consolida como um dos grandes nomes da literatura infantil paraibana, ofertando um texto poético, suave e fluído, que encanta na primeira leitura e leva a repetidas, constantes e prazerosas releituras. Berenice, a lagarta, exala simpatia e deixa impregnado na alma do ledor lições imperecíveis, como a força da amizade, a solidariedade da união e, finalmente, a vitória do belo – Dostoiévski lembrava que “a beleza salvará o mundo”. Se o poeta norte-americano Pound falava que o vento é o paraíso, Berenice leva a uma leitura deliciosa e apaixonante, e prova que, na verdade, o vento é o caminho, o verdadeiro paraíso é a amizade, nesta obra que é um assombro do prodígio de sua autora. Destaco também as ilustrações de Edilza Florêncio e Juliana Aline, que findam por transformar o livro “Era uma vez, Berenice” num deslumbrante objeto de arte. Thélio Queiroz Farias (advogado e escritor, Thélio Farias é Presidente da Academia de Letras de Campina Grande e membro da Academia Paraibana de Letras)
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Este livro é composto por desenhos de caricatura. Por meio deles podemos perceber a personalidade e as características de alguns personagens. A caricatura é uma arte que expressa sentimentos, reações, intenções através do desenho proposto pelo autor. Em algumas páginas encontram-se fanzine, amazine, tiras e rascunhos (que quase foram parar no lixo). Houve uma motivação de compartilhar estes desenhos, que é acrescentar um pouco de vida e humor às pessoas. Acredito que poderão proporcionar reflexão para o dia a dia, que muitas vezes parece estar vazio na vida das pessoas. Espero que apreciem esta obra. O autor
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Penso que é muito difícil estarmos preparados para envelhecer, já a nossa mente pouco acompanha o processo de envelhecimento. Ressignificar, abrir a mente, ampliar a nossa visão e a nossa consciência sobre a vida como um processo contínuo, dinâmico e amoroso é a minha busca constante. Considero crucial falar da velhice por várias razões, e uma delas é nos preparar para o futuro. Mesmo já no ciclo da velhice, temos futuro. Até porque, envelhecer é uma parte natural da vida, e é importante que as pessoas se preparem para essa fase. Ler, comentar, refletir e discutir sobre envelhecimento, tudo isso permite que as pessoas entendam e se conscientizem sobre as mudanças físicas, emocionais, sociais e financeiras que podem ocorrer, além de ajudá-las a tomar medidas proativas para lidar com essas mudanças. Alguns aspectos que considero importantes para dialogar: a) Desconstrução dos estigmas e preconceitos - Muitas vezes, a sociedade associa o envelhecimento apenas com aspectos negativos, como perda de vitalidade, declínio cognitivo e isolamento social. Dialogar sobre o envelhecimento pode ajudar a desconstruir esses estigmas e preconceitos, pro movendo uma visão mais positiva e realista do processo de envelhecimento, e até nos estimulando a prevenir as situações de declínio e isolamento. b) Promoção de uma cultura do respeito e da empatia - Ao dialogar sobre o envelhecimento, podemos promover a cultura do respeito e empatia em relação aos idosos, em toda a sociedade, assim como oferecer apoio e recursos para garantir que nós, idosos, possamos viver com dignidade e qualidade de vida. c) Identificação de necessidades e desafios - Identificar as necessidades e desafios específicos enfrentados pelos idosos, em diferentes áreas, em cuidados de longo prazo, pode nos ajudar a desenvolver políticas, programas e serviços relacionados às necessidades dos idosos, de maneira mais eficaz, eficiente e efetiva. d) Fomento de mudanças sociais e políticas - Ampliar esse diálogo sobre o envelhecimento possibilita a inspiração para promover a inclusão, a acessibilidade e o bem-estar dos idosos, incluindo a melhoria dos sistemas de saúde para atender às necessidades dos idosos e a criação de ambientes amigáveis para todas as idades, trazendo o esclarecimento sobre a necessidade premente de políticas de envelhecimento ativo e saudável. Ao trazer o tema para dialogar, vem à tona a importância de promover uma visão mais positiva e inclusiva do processo de envelhecimento, além de garantir que, ao envelhecer, possamos receber o apoio e os recursos necessários para viver com dignidade, saúde e bem-estar.
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Fernando Renard e Mair são dois homens completamente diferentes. O primeiro, um jovem jornalista premiado nacionalmente; o outro, um ancião simples e sem estudo. Em meio à elaboração de uma matéria especial, o repórter viaja até Sergipe para entrevistar o ex-cangaceiro, que faz revelações surpreendentes, envolvendo dois anti-heróis do século XX (Lampião e Macunaíma). Macunaíma foi um personagem fictício. O Herói sem Caráter deu título ao livro de Mário de Andrade. A publicação de 1928 é referência na literatura nacional. Seu sucesso deve-se muito à identificação com o povo brasileiro: sofrido desde que nasceu, lutou para vencer a miséria, valorizando mais a astúcia que o conhecimento acadêmico. Lampião teve seu auge nos anos 1930. Muitos o encaram como herói, enquanto outros o consideram um sanguinário bandido. Percorreu o sertão comandando um bando que roubava ricos, matava traidores e ajudava os necessitados. Em comum, ambos carregam a brasilidade de um país permeado desde sempre pela miséria que clama por justiça (muitas vezes confundida com vingança) e igualdade. Se o destino providenciasse que os caminhos desses dois vultos se cruzassem, certamente teriam muito a ensinar e a aprender um com o outro.
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Sem estoqueO livro Entre quatro mil estrelas conta com diversos poemas, citações, um conto de inspiração e coragem, onde também abordamos o empoderamento feminino e falamos de traços culturais muito importantes pra nossa sociedade atual, e claro,sentimentos e saudades, tudo isso de forma poética e intensa.
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Após sofrer um acidente de carro e refletir sobre a vida, a autora sentiu que precisava escrever as histórias que ouvia no ônibus. Ao estudar Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, aproximadamente 700 quilômetros de casa, voltando a cada 15 dias, conheceu muita gente nos cinco anos de curso. Saía às 18 horas e chegava às 8 horas da manhã, ou seja, 14 horas para conversar — e achava tudo interessante.
Ao escrever sobre as personagens, uniu algumas histórias para criar mulheres fortes, de forma a não ter uma protagonista. O objetivo da autora é mostrar que cada mulher carrega sua vida, suas cargas emocionais, e que não cabe a outra pessoa julgar, e sim ajudar.
Na intenção de deixar um legado, principalmente para as duas filhas entenderem o quanto é importante se apoiarem — e apoiar outras mulheres —, ela busca, com sensibilidade, mostrar que cada uma tem suas dores, amores, sonhos e lutas.
Neste livro, duas irmãs e suas amigas presenteiam o leitor com histórias cotidianas, como tomar um sorvete, permitindo uma identificação que envolve e encanta os leitores, assim como a menina do ônibus que aguardava a próxima viagem. Embarque você também e escreva para a autora sobre qual personagem mais se identificou. Para você, quem é a protagonista do livro Entre Nós e Elas?
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Entre Linhas & Versos é um livro que retrata a filosofia da vida na visão de um adolescente. Um breve encontro com a poesia em forma de declarações e reflexões do cotidiano. Uma interpretação de fotografias que desperta o pensamento de modo mais leve e simples, descomplicando ações e reações. As palavras se tornam doces a cada declaração, e amargas a cada desilusão. São encontros e desencontros, idas e vindas, numa busca sem fim, ora procurando alguém, ora procurando a sim mesmo. É uma escrita rotineira que traz para o dia a dia o valor do ser em detrimento do ter, a alegria de estar, a capacidade de amar, de viver e se envolver. O poder da expressão e tudo o que ela representa nesta imensidão chamada VIDA.
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Estou, no momento, trançadeira, contadora de histórias, escritora (escrevedora), além de ativista social e do Movimento Negro. Em todo meu fazer artístico, busco retratar a tradição, saberes e fazeres afro-brasileiros. Falo do lugar de mulher preta brasileira. O "Entre Ervas e Unção" não é diferente. Autobiográfico, traz o cotidiano de uma criança religiosa, a partir de seu olhar sem amarras. Nesta obra, busco levar o leitor a inse rir-se nos ambientes e situações por que passei. A intenção é abordar de forma delicada um tema sério e in felizmente tão presente em nossos dias: a intolerância religiosa Desejo ainda motivar o respeito à tradição, aos saberes e aos fazeres afro-brasileiros, estimulando o sentimento de amor e orgulho por eles, em todos tempos, contextos e diferenças.