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Trata-se de uma obra impactante, no sentido de remeter o leitor a uma realidade contemporânea, e prender sua atenção mesclando crítica implícita e intenso realismo no mesmo enredo. Há, em certas passagens, um tom até caricato de situações vividas, à revelia, por diversas pessoas no dia a dia de suas vidas severinas. O personagem central, Jeremias, é muito bem construído, sem que tenha sido necessário usar de narrativa dissertativa sobre ele. Suas ações o definem e representam um estereótipo comum em nossos dias. A ele se contrapõe, com maestria, o personagem Evandro. Os personagens coadjuvantes, quase invisíveis, compõem o recorte da realidade de forma intensa e perspicaz. É sutil e voraz ao mesmo tempo, por condensar com excelência uma crônica que recorta, com extrema elegância e realismo, o lado oculto de um preconceito que ainda vive em nossa sociedade. Sandra Cappellano Jornalista
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Caro leitor, Neste livro, Volume II, você vai encontrar o prosseguimento do comentário sobre a legislação penal brasileira do Volume I, em que, ao simples exame em confronto com a realidade da violência urbana atual, percebe-se a sua grande fragilidade como meio de repressão à onda de criminalidade urbana que domina a sociedade no Brasil. Muito tem que ser alterado na legislação penal, diante dos crimes hediondos que ocorrem em todos os recantos brasileiros, contra crianças, mulheres e homens, o que leva a entender uma necessidade de ser instaurada a pena de morte em nosso sistema penal. Mas a Constituição Federal de 1988, ao conferir tratamento especial aos direitos e garantias fundamentais do cidadão, põe-se em harmonia com os direitos humanos, tanto de natureza individual como metaindividual, e com esse tratamento, na área penal, veda-se a aplicação da pena capital e da prisão perpétua, permitindo-se a primeira apenas no caso de guerra declarada. Neste livro O Crime – Volume II, não fiz análise da doutrina e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal cerca da criminalidade, do que provavelmente eu venha a cuidar no Volume III. Obrigado. Luis de Almeida
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Caro(a) Leitor(a), Ao escrever este livro O CRIME – e a legislação penal brasileira, não pensei em sistema mercadológico e muito menos em alcançar algum sucesso profissional; imaginei oferecer ao leitor e leitora uma pequena contribuição didática, principalmente aos que forem acadêmicos, e uma singela colaboração aos profissionais do Direito Penal. Escrevi com meu senso crítico de autor e profissional do direito, experiente na área penal, na medida em que transferia o meu conhecimento jurídico como advogado com a minha visão teórica sobre o tratamento penal punitivo. Os aspectos teóricos abordados e alguns adotados como autor escrevendo ao longo do livro se complementaram, encaixando-se perfeitamente ao modelo da sociedade brasileira em que vivemos. Este livro é, antes de ser uma obra científica, uma fonte de teoria e consulta, como um retrato do direito punitivo brasileiro aplicado. Ao formalizar a minha intenção em escrever, acredito ter reproduzido alguma matéria penal interessante e com a exatidão de conceito e conforme disposto no “rosto do direito penal”, com suas máscaras e fantasias. Obrigado Luis de Almeida
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COMO TIRAR O BRASIL DA ARMADILHA DA RENDA MÉDIA Há 30 anos trabalho como jornalista e praticamente todas as entrevistas que fiz sobre economia passam pela discussão de por que o Brasil patina em conseguir maior produtividade, ficando cada vez mais para trás em relação aos países ricos. Estaremos condenados para sempre ao estigma de ser um país de renda média, uma vez que não conseguimos aumentar a produtividade do trabalho? José Ronaldo de Castro Souza Jr. e Fabio Giambiagi resolveram tirar a discussão da superfície e atualizá-la com alguns elementos, como a crise climática ou os impactos da inteligência artificial no mundo do trabalho, que não ajudam a tornar a resposta mais simples - pelo contrário. Para isso, reuniram um time dos sonhos de especialistas para esmiuçar cada um dos aspectos que travam o crescimento da produtividade no Brasil, da educação à insegurança jurídica, o que abarca gargalos tributários e regulatórios e o desafio da inovação tecnológica. É alentador ver que existe esse grau de produção de conhecimento a respeito de um tema crucial, mas um tanto desanimador ver o quanto essa discussão está distante da formulação de políticas públicas e das proposições legislativas. A reforma tributária do consumo recém-aprovada parece ser um passo, tardio, no sentido da melhora do ambiente que leve a uma maior produtividade, mas é preciso dar muitos outros - e rápido. Gestores, legisladores, em pregadores e trabalhadores que mergulharem nos 16 capítulos desta obra certamente sairão com um mapa a seguir. VERA MAGALHÃES
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“O livro consiste em uma valiosa contribuição para o debate sobre a importância da responsabilidade fiscal nos estados brasileiros. Analisando a situação de doze estados, o volume mostra a necessidade de líderes comprometidos com a boa gestão e com o zelo pelos recursos públicos. Somente desta forma é possível melhorar as políticas públicas e, finalmente, as condições de vida da população.” Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e secretário de Fazenda e Planejamento de São Paulo * “Responsabilidade fiscal, além de não ter ideologia, tem elevada correlação positiva com responsabilidade social. De fato, fazer ajuste fiscal nunca será um fim em si mesmo, mas um meio de se obter margem fiscal para, aí sim, fazer políticas públicas para a população. Além disso, o estado não é um departamento de RH, isto é, não existe para se pagar; e o encontro com a realidade, embora não seja simples, é necessário, para atender aos anseios de uma sociedade tão cheia de injustiças e desigualdade, como a brasileira. Ainda bem, contudo, que existem bons exemplos a serem observados neste imenso Brasil, o que reacende no coração de cada cidadão uma indescritível esperança. Este é um livro de fundamentais reflexões de distintos entes federativos sobre: as diferentes mazelas orçamentárias estaduais, as formas de equacionamento de complicados desequilíbrios fiscais estruturais, as maneiras de se preservar a saúde financeira no longo prazo e o modo como a margem fiscal afeta o nível de investimentos públicos. Indiscutivelmente, o governante que gosta do povo, sabe que ter equilíbrio fiscal é essencial.” Cristiane Schmidt, secretária de Economia de Goiás * “Com uma linguagem fácil e usando casos concretos da gestão fiscal dos estados brasileiros, os organizadores conseguiram trazer para o debate público as políticas e decisões que deram e não deram certo, evidenciando as consequências positivas e negativas para a população. Um legado para todos que militam na área pública e os que sonham com um Brasil melhor.” George Santoro, secretário da Fazenda de Alagoas
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Caríssimos leitores, adianto-lhes que esta obra traz inúmeras respostas para a compreensão científica de questões existenciais e do direito a elas inerente. Trata-se de um mergulho nas profundezas do oculto com o objetivo de buscar a iluminação cognitiva para as mudanças de um breve futuro. Nossa percepção será ampliada, e um novo mundo brilhará em nossa mente. Não tenham pressa! Toda construção nasce primeiro no plano das ideias. Acreditem que estar com este pedacinho dos meus pensamentos em mãos não é obra do acaso, e abracem comigo a missão de fazermos, juntos, este incrível trabalho de expansão da consciência. Nossa estimulante jornada passa por caminhos da Psicologia, Física Quântica, Tecnologia, Filosofia, Matemática, Magia, Teologia, Ufologia e outros e nossa busca é pela capacidade de enxergar o Direito natural ainda velado em cada estrutura. Um mundo azul, ainda não visualizado e uma noite, da qual, ainda vamos A-COR-DAR...
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Será que não é tão ousado escrever poesia? (poema, cordel...), não se arriscar demais e ser ridicularizado pelo público avezado em literatura? Ou será que a ousadia e o risco não estão em agradar ou desagradar o leitor? E sim, exprimir, se expor e deliciar com o encantado e fantástico mundo colorido e cinzento, alegre e triste... da literatura? No certo, não se sabe por que se escreve poesia. Talvez seja pela mesma sede que se tem por alimento, pela oração, principalmente, pela necessidade de se encantar pelo belo e pelo estético, assim como o desejo de denunciar a injustiça, e por fim, promover a cultura da paz. O poeta se encanta, se emociona, se irrita, e só assim, se realiza com seus feitos, escritos. Se escrever poema, cordel, é minha sina, vivo contente por isso e talvez morrerei feliz. Atrevo-me a dizer do medo e, ao mesmo tempo, da emoção de poder escrever algo que aposto ser benévolo para meu ser e para a sociedade. Claro, dentro da minha versão de verdade e de pensamento. A obra em punho se trata de uma composição poética, versada naquilo que eu acredito que seja o sentimento de muitos, pelo menos, daqueles que buscam, que brigam, que sonham e que acreditam que nós, humanos, podemos e devemos ser mais realizados, mais justos, mais fraternos, para dizer, mais humanos.
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Machado nos lança um olhar crítico e irônico sobre a classe burguesa ao mostrar a vida como ela é, numa clara intenção do escritor em criticar a hipocrisia burguesa, pois essa classe defendia valores morais e familiares para manter as aparências. Olhar é um ato de escolha, então, escolhemos uma lente bem precisa para analisar alguns contos de O Bruxo do Cosme Velho.A obra trata da posição da mulher machadiana na sociedade, mas também das muitas mulheres encontradas aqui, ali e acolá. A sociedade do século XIX, principalmente a segunda metade, traz a mulher ocupando o espaço privado, o lar, passiva perante o homem e a educação dos filhos. O espaço público, sempre ocupado pelo homem em conversas políticas, sociais, aventuras e conquistas. Mulheres encobrem seus desejos para sobreviver socialmente, lutam com as armas que têm, ou seja, a sedução, mas recuam quando se veem ameaçadas de perder seu status social. Os contos escolhidos neste livro mostram que nosso Machado enfatiza os problemas vividos pela sociedade, seu universalismo no trato das questões inerentes a todo ser humano e sua atemporalidade, ao abordar fatos e acontecimentos num tempo de ontem, de hoje e de amanhã.Machado de Assis é um escritor que não pretende esconder a realidade. Sua preocupação é dar um testemunho da socieda-de do século XIX, seu contexto histórico, político e social. Eter-namente Machado de Assis nos desafiará na interpretação de seus textos. Obra misteriosa que nos instiga e faz pensar que o tempo dele pode ser o meu, o seu, o nosso e deixa-nos uma frase: Literatura é arte e a palavra é o seu instrumento.
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Machado de Assis nos deixou, entre tantas outras pérolas de sua insuperável produção literária, o impecável romance Dom Casmurro; e, com ele, o imortal enigma que permeou a separação dos dois personagens centrais da trama: de um lado, Bento Gonçalves, o Bentinho; do outro, Capitolina, filha do lar dos Páduas — a encantadora Capitu. Nesta novela que ora vem a lume, o autor lança um olhar investigativo sobre a convivência amorosa, nascida na adolescência de ambos, entre Bentinho e Capitu; e sobre o principal motivo da ruptura dos laços matrimoniais do casal que eles formaram ainda na mocidade: a infidelidade conjugal de Capitu, cujo filho, Ezequiel, seria, segundo Bentinho, fruto proibido da geleia seminal de outro varão, Escobar, seu melhor amigo. Ao lado dessa investigação, o autor relata diversos momentos de sua própria história e da história de Nuno Dias, um luso-brasileiro com quem ele conviveu por quase vinte anos. É dessa convivência, em cotejo com o enredo do romance Dom Casmurro que se alimenta o texto da presente ficção.
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Casimiro Cunha foi um poeta vassourense enquanto encarnado e agora, no mundo invisível, continua poeta, porém com a compreensão dilatada própria das almas refeitas e benfazejas que adquiriram, por esforço próprio, luz e paz para seguir a caminhada rumo ao infinito. O livro O Evangelho em Versos não pretende oferecer novidades interpretativas, tão pouco ser a única fonte de conhecimento evangélico. Mil vezes não! Nosso poeta dos céus nos estimula, quanto leitores, a viajar pelo cenáculo dos templos, peregrinar por paisagens rústicas da Palestina e estancar, mesmo que por poucos instantes, frente a cidades erguidas sob lutas e disputas acirradas entre povos de ontem. Hoje, todavia, ele nos apresenta Jesus de forma artística e saborosa. O Divino Amigo foi, é e sempre será a luz para a humanidade inteira, e vê-lo sob a ótica de Casimiro Cunha nos aproxima de sua morada reluzente. Que a leitura dos sublimes e singelos versos desta obra sincera de um cristão transformado possa mudar igualmente mais corações, despertando o amor como cimento benéfico para as edificações íntimas do porvir. Bem-vindos!