A travessia de Moisés nos parece verossímil? E a força de Sansão? Os milagres do Cristo? O canto de Iara, Mãe d’Água? Como tudo o quanto é milagroso, mágico e sublime pode até não ser verossímil, mas, aos olhos da fé, são verdades eternas. Da mesma forma, pode não ser verossímil um casal de coelhos enormes distribuir doces, ou de fantasminhas brincalhões arrancar sorrisos, ou ainda, um casal Noel encantador esparramar presentes. Mas, os puros de coração sabem que é um direito de todos crer ou descrer, ao mesmo tempo que ninguém tem o direito de desesperançar. A nossa obra tem um questionamento e propõe uma tese: integrar torcidas violentas, eleger políticos canalhas e idolatrar famosos infames é próprio dos grandes e dos adultos, mas, acreditar em coelha e coelho da Páscoa, Mamãe e Papai Noel, fantasminhas engraçados e demais mascotes que, inegavelmente, espalham amor e aliviam a dor é ser “sentimentaloide” ou “infantiloide”? Não! Não pode ser! Assim, que a felicidade de sermos um do outro, tanta que nem há quanta, espante o desespero e espalhe a esperança com verdades que superam a verossimilhança