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A obra trata de um período importante da história brasileira: o regime autoritário que se instaurou no país entre 1964/1985, sob o viés jurídico e histórico. Infelizmente, somente em 2014, quando completou cinquenta anos de sua instalação, mereceu aquela fase da vida da nação maior abordagem por parte dos diversos meios de comunicação. Entretanto, pouco se falou, ou se fala, sobre a legislação criada como forma de institucionalizar e legitimar o autoritarismo. E, como o sistema não era personificado, surgiu a necessidade de criar regras, muitas delas pelo próprio grupo detentor do poder e sem passar pelo Poder Legislativo originário, no caso, o Congresso Nacional. Na época, rasgou-se até mesmo a Constituição, lei maior do país, sempre se procurando garantir a troca de presidentes sem riscos de a oposição assumir o poder. Podemos, nesse sentido, dizer que a ditadura de 1964/1985 se caracterizou por certa hibridez, pois não deixamos de ter oposição, embora esta vivesse sob o império das regras estabelecidas e que na obra são analisadas. O tema está vinculado não só à formação escolar e acadêmica do autor, que vivenciou boa parte daquele período, como também profissional, já que se tornou jurista e historiador. Assim, se mostra relevante expor às novas gerações as estratégias utilizadas pelos grupos autoritários para legitimar e se manter no poder. Dentro dessas estratégias, está a de criar um arcabouço jurídico que resguarde o sistema contra-ataques dos opositores. É de destacar, no entanto, que, para melhor compreensão e contextualização, a obra não se limita à abordagem da legislação, mas da questão da tutela militar no Brasil, o contexto mundial e do país à época, bem como as causas do Golpe de 1964, sua instauração, fases e principais acontecimentos, para que melhor se entenda as razões que fizeram o regime se manter no poder por 21 anos. Obra endereçada não somente a juristas, historiadores e estudantes, mas também ao público em geral, para que melhor se entenda o processo de formação política advinda daquele período, já que seus reflexos nos atingem até os dias de hoje.
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Há quem fale que a memória é o elo com o passado, é afetiva, é mágica; que a memória é um absoluto, que a memória é muito mais um voltar-se para o futuro na ânsia diária da ressignificação do presente. Há quem complemente essa afirmativa acrescentando lugares, personagens, acontecimentos que dão materialidade às efemeridades da vida. A obra de Cadu Marques busca os motivos de sua poética em personagens reais, lugares de memória reais e no conjunto de significações simbólicas construídas a partir da relação com esses elementos no transcurso do tempo/lugares em que habitou. É possível sentir a terra batida, o cheiro do café, a ambiência da casa do forno, que também é um lugar de troca de saberes remotos e das trivialidades de personagens que existem e resistem na troca de afetividades. A verdade é que a obra A memória como tradição e as invenções de uma vida reitera o lugar da afetividade, construída à base da memória, como um lugar de resistência de uma ancestralidade visualizada no cotidiano, nas coisas mais triviais. Cadu Marques costura memórias curtas, mas não menos vivas, que vão desde o olhar sensível para a paisagem, passando pela descrição de lugares e a afetação que o cotidiano desses personagens causa, assim como o inefável, e muitas vezes pouco compreendido, sentimento do amor. Cadu Marques não se coloca na bolha do autor impactado, poeticamente, à distância, e se vê como personagem, abrindo a possibilidade de um compartilhamento de suas subjetividades, tornando o leitor também partícipe da paisagem apresentada. É impossível não visualizar, em seus doze fragmentos memoriais, as nossas vivências e experiências pessoais. Gilberto Martins, ator e professor
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No presente livro intitulado, A Poesia Nossa de Cada Dia o seu conteúdo poético não podia ser diferente, pois cada poema aqui existente, foi carinhosamente selecionado pelo seu autor com o objetivo de fascinar o seu público – alvo, o leitor amante da arte que é pura poesia. O poeta então, movido pela inspiração, ao versejar cada verso, se fez porta voz de homens e mulheres de todas as idades e com os mais diversos sentimentos. Dentre os quais; o filosófico, o humorístico e o lirismo. Portanto, poetas e leitores sendo seres intelectuais formadores de opiniões e dotados de grandes sentimentos existenciais, são eles ótimos interlocutores e grandes parceiros na difusão da mensagem poética.
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O que se passa? Como ficamos tão desorganizados da noite para o dia? E se isso acontece, por que não conseguimos nos organizar? O livro A PSICOLOGIA DA VIDA traz certos assuntos que, hoje em dia, têm sido mal-entendidos pelo homem. Temos perdido a nossa capacidade comunicável devido ao uso constante da internet; agora, já não há uma boa conversa entre as pessoas de forma direta, pois deixamos tudo à custa das redes. Vive-se uma enorme solidão nos casamentos em consequência da falta de dedicação das pessoas, chegando o compromisso a se realizar por mera formalidade para atingir graus. Até que ponto a beleza corporal deve ser obedecida? Como, hoje em dia, a frase “Eu te amo” é a que mais aspira à mentira do que a frase “Eu te odeio”? Sabe-se que a sociedade é um lugar aberto onde se aceita tudo o que recebe, assim, o que se leva para a sociedade, será que seus filhos gostariam de usufruir? Vamos abraçar as formas corretas de viver, pois elas serão úteis para a nova geração. Precisamos deixar um legado motivador, não aceitando tudo o que as novas tendências oferecem para nós. Sobre as maneiras de viver, quando assim compreendidas, o homem tem mais a ganhar do que a perder.
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“Em toda a história da humanidade e também na psicologia, é notório que a feminilidade traz à tona questionamentos que atravessam o imaginário dos homens.” “Possivelmente, Freud, em sua extensa e rica vida acadêmica, não pôde experimentar extrair de suas pacientes algum relato de uma profunda experiência de amor que somente um encontro com o sobrenatural pode conceder.” “A Samaritana, mulher de muitos homens e pouco amor, encontrou no poço deixado por seus patriarcas, que era um lugar de dor, de desprezo e segregação social, alguém que se revelou a ela como aquele que podia trazer-lhe uma nova vida e mudar seu destino e lugar no mundo.” “É possível que você veja a si mesma nesta história, existem tantas samaritanas hoje: Inseguras, rejeitadas, indecisas, impotentes e argumentadoras: mas...” Milécia Oliveira - Psicóloga Clínica
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Se a saúde já interessava a todos, após a pandemia recente isso se tornou ainda mais evidente – no Brasil e no mundo. Este livro tem a ambição de cobrir os mais diversos aspectos da saúde no Brasil: do seu passado e presente de desigualdades, passando pelos avanços que conquistamos e por inovações disruptivas que nos aguardam no futuro muito próximo. Por um lado, esta obra se destina aos profissionais de saúde e gestores do sistema: quem estuda políticas de saúde para ser um administrador conhece boa parte dos temas aqui tratados, mas muitas vezes os profissionais estão na ponta do sistema, gerenciando uma pequena equipe ou no contato direto com os pacientes, sem a dimensão da engrenagem da qual fazem parte. Nesse sentido, o propósito aqui é organizar e ampliar o conhecimento, para facilitar o diálogo entre as diversas instâncias do sistema. Por outro, o segundo grupo que compõe o público-alvo deste livro é a opinião pública em geral. Assim, faz sentido expor, numa linguagem que seja acessível a todos, as diversas peças que compõem essa máquina complexa e de difícil compreensão chamada “sistema de saúde” de nosso país.
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Sem estoqueEm todo o tempo da existência humana, o Deus no qual acreditamos – segundo as Escrituras, Deus de Abraão, Isaque e Jacó –, que enviou seu único filho, Jesus Cristo, sempre teve o desejo de se relacionar com a humanidade. A primeira relação Deus-homem se deu por Jesus Cristo, com seus discípulos, a expressão viva de Deus, que comunica ao povo sua ternura, amor, discordância e ensino. Todos os acontecimentos não ficaram apenas em registros históricos, pois cremos que, por meio do sangue de Jesus derramado na cruz, pela fé nele, temos livre acesso a Deus. Que se abram os portais do entendimento espiritual sobre as verdades de Deus a respeito da humanidade. O Espírito Santo, o Consolador, veio até nós de acordo com Atos capítulo 2, e por meio dele, podemos acessar verdades eternas que nos permitem sair de uma consciência de culpa, rejeição, dores, a qual herdamos devido à queda do homem (Adão). Abriu-se um portal. Jesus foi comparado como o segundo Adão, que veio sem pecado e se fez pecado por nós. Que se abram os portais do entendimento do espírito em nossas vidas! Deus os abençoe muito.
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Segundo os relatos, o celular e as redes se tornaram a companhia dos jovens, fazendo com que eles passem boa parte do tempo conectados. A influência tecnológica tem impacto significativo na vida dos jovens, implicando no ambiente familiar, onde, em alguns casos, há o comprometimento das relações familiares, interferindo inclusive nas relações afetivas, levando-nos a estarmos atentos de que forma a nova tecnologia interfere no espaço virtual e real dos adolescentes. É observado que o adolescente não consegue fazer contatos pessoais fora desse meio virtual. Se comunicam através de chats, mensagens instantâneas, blogs, jogos on-line e redes sociais, partilhando uma nova cultura, em que a interação só acontece por meios eletrônicos. Como esses contatos são “superficiais” e de “falsa intimidade”, acabam facilitando o afastamento social. Meu melhor amigo hoje é o meu celular. (Adolescente, sexo masculino cisgênero, 16 anos) A partir do programa “Dá pra atender! On-line”, realizado na Casa do Adolescente de Pinheiros – Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, através dos acolhimentos com adolescentes, buscamos auxiliá-los nos momentos de crise psicológica, entender os ganhos e as perdas com o uso das tecnologias digitais em sua vida.
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Será depressão ou frescura? É um jeito de chamar atenção com esses comportamentos, ou as pessoas que agem assim são mesmo ansiosas e deprimidas? Além do Limite: O Vale da Depressão mostra que não é um chamamento de atenção à toa, mas algo muito grave que requer tratamento. Estou deprimido, o que faço? Questiona-se para conhecer as causas e as formas de tratamento? Os relatos assustam pelo grande índice em todo o mundo, incluindo crianças e adolescentes. É um mal que atinge milhões de pessoas, e nas pesquisas relacionadas aos que sofrem com a doença, elas enfrentam o mal para vencê-lo, embora, aos que cometem suicídio, nem sempre se há uma resposta sobre isso. Será que foram fracos ou não tiveram ajuda sufi ciente para sair do vale da depressão? Para ajudar, deve-se ter muita atenção, porque, na verdade, elas não querem morrer, mas o que sofrem é tão profundo que lhes deixa sem forças sufi cientes para resistir.
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Por que nos relacionamos afetivamente? Simples: por sermos seres gregários. Mas como estamos nos relacionando? Vivemos uma época que o mundo nunca imaginou: o virtual permitiu que as relações contemporâneas se resumissem em quantidade surreal de pretendentes afetivos, porém, com qualidade duvidosa. O mesmo nas relações de trabalho:climas organizacionais tóxicos com pessoas sobrevivendo a base de antidepressivos. Ao mesmo tempo que a informação digital é tão ampliada, as pessoas estão olhando mais para o outro do que a si mesmas, transferindo culpas e responsabilidades, agindo como cegos em tiroteio em que levam mais tiro. Como essas relações cegas podem prosperar, envoltas apenas de paixão, considerada como estado de demência? Quando criticamos o “outro” e não tomamos nenhuma ação, de quem é a culpa e a responsabilidade? Em Amor com Razão, Gilmar viaja pela modernidade líquida e também analisa as relações que muitas vezes coexistem apenas para repetir padrão de traumas ancestrais, bem como a ausência da autoconsciência de que não há tanto livre-arbítrio que se imagina e, por fim, em sua natureza, é transferido inconscientemente à prole o mal enraizado. Trata-se de um ensaio pessoal com reflexões de Filosofia, Psicologia e Economia, em que se fala do Retorno do Investimento das Relações (RIR), que não fossem ignorados; as chances de eventual sofrimento seriam reduzidas para ter mais tempo feliz.