O autor revela, neste livro, a instituição escolar enquanto reprodutora das desigualdades sociais, a qual foi construída a partir de um modelo escolar de cultura letrada que leva a resultados que justificam novas desigualdades, ou seja, a uma inclusão excludente.
Ao longo do tempo, principalmente com a transformação econômica, as escolas tiveram de se abrir para todos. Não havendo alternativa, o acesso à escola foi estimulado pelas políticas públicas, mesmo porque, na contemporaneidade, a própria lei reconhece a democratização do ensino como parte da justiça social. No entanto, o indivíduo, ao concluir a formação, na maioria das vezes, não consegue corresponder ao conhecimento para o nível adquirido, assim, tipificando a inclusão excludente.
A partir dos anos de 1990, o ensino superior sofre uma forte expansão, tendo na modalidade a distância um dos principais veículos utilizados pelo governo no alongamento das matrículas.
O conceito de inclusão excludente é confrontado com o de justiça social, reconhecendo que, para esta ocorrer, torna-se necessária a redistribuição econômica, social e política. Resta evidente a relação da escola com os interesses de mercado.
Entretanto, coloca-se em análise a igualdade de oportunidade para estabelecer a relação desta com o fracasso ou sucesso educacional. Neste sentido, ouvir o sujeito tornou visíveis questões que poderiam passar despercebidas, mesmo que, interativamente, estejam incluídas nas político-educacionais, inclusive, nos conceitos da EaD na educação superior.