O verbo “Rogate” sintetiza o conteúdo das perícopes de Mateus e Lucas. Um olhar atento à sinopse, nota que existe um paralelo a uma passagem do Quarto Evangelho que denominamos de “Rogate joanino” (cf. Mateus 9.35-38; Lucas 10.2; João 4.31-38). O imperativo “Rogate” não se encontra no evangelho de João, mas a realização da obra do Pai pressupõe a oração pelos bons operários para ceifar a messe.
Em Samaria, região de periferia, após encontrar e dialogar com a mulher à beira do poço, Jesus contemplou os campos e inseriu os discípulos na missão. Somos chamados a passar da compaixão diante da multidão “cansada e abatida” à alegria da colheita, cujas primícias são os marginalizados samaritanos que se aproximam do Verbo do Pai que se identifica com o “Rogate”.
Este estudo analisa em detalhes as semelhanças e diferenças com os sinóticos e ilumina a identidade e missão dos ceifadores do Mestre, pleno de “graça e verdade” (João 1.14).