Se alguém perguntar qual a mensagem central desta obra, a resposta deve ser curta e direta: o poder é você. Este livro nasce da minha indignação frente ao desrespeito ao poder delegado aos eleitos, que, após a apuração das eleições, frequentemente, esquecem de seu verdadeiro propósito. Assim, muitos se tornam influenciadores nas redes sociais, numa desenfreada busca por seguidores, publicando propagandas e enaltecendo feitos patrocinados com recursos públicos.
As redes de viés público devem ser utilizadas para informar, educar, divulgar benefícios e prestar contas à população, e não para a promoção pessoal dos eleitos. Nesta obra, convido o leitor a refletir sobre o poder esquecido dentro das urnas e a reconhecer sua própria importância no processo democrático. Analisando o cotidiano das articulações políticas e compreendendo os objetivos dos detentores do comando da nação, você será capaz de identificar e combater essas práticas desrespeitosas.
Lembre-se: o protagonista desta história é você. O poder está em suas mãos.
O título do livro “Burro, eu? Burro é você” sugere um jogo de espelhos em que a acusação de ignorância ou estupidez é devolvida ao acusador. No entanto, quando o eleito ignora suas promessas e se desconecta das necessidades e desejos daqueles que o elegeram, ele, de maneira sutil ou até explícita, está desrespeitando e subestimando a inteligência e as expectativas de seus eleitores. Esse comportamento pode ser visto como uma forma de agressão, pois desvaloriza o papel ativo e consciente que o eleitor deveria desempenhar na democracia.
Assim, o título reflete essa dinâmica de desrespeito e a inversão das expectativas, cujo verdadeiro “burro” não é o eleitor, mas o político que desdenha de sua responsabilidade e do poder dado a ele pelo povo.
O desfecho do livro é coerente com o desenvolvimento da narrativa, induzindo a reflexões e propondo uma nova práxis ao leitor/eleitor como forma de tornar sua vida mais qualificada. O conteúdo é genuíno e original para um livro que se encaixa na prateleira de Ciência e Política, sem ser exaustivamente chato e pedante.
Sandra Cappellano Barbosa – Jornalista