Fernando Leal é um amante eloquente da poesia, em todas as suas vertentes. Apesar disso, seu dom maior são os sonetos clássicos, com rimas perfeitas, métrica, escansão, lirismo e figuras de linguagem eruditas.

Todos os seus sentires, o autor coloca na poesia — e o faz de uma maneira fácil, como respirar. É um amante ardoroso da poesia, que nos faz afirmar que Federico García Lorca, não inconsequentemente, disse: “A poesia não quer adeptos, quer amantes.”

Fernando se revela um dos mais louváveis poetas que, certamente, fará parte da literatura contemporânea da língua portuguesa desta época. Sua obra, Alvor Poético, é como um arsenal de preciosidades. No anonimato por tantos anos, eis que desponta para brilhar — e assim, todos os adeptos da poesia clássica serão beneficiados.

Um piano pode ser um lindo instrumento sensual na inspiração do autor, e poucos conseguirão enxergar essa sensualidade, pois ele escreve com uma sutileza e beleza que transporta ao etéreo os leitores.

É um poeta peculiar, de uma sabedoria ímpar, e podemos afirmar que a poesia e Fernando se fundem e não se confundem. É um dom que, desde muito cedo, foi se revelando e cada vez mais se aprimorando.

É necessário ler e sentir a poesia única e de rara beleza do poeta que possui o cerne da poesia: Fernando Leal.
Só quem ler saberá!