É como se fizesse menção ao fato de que a claridade não é permanente, nem entra sempre pelos maiores espaços, e o que vemos é dimensionado pelo nosso olhar, pelas lentes passionais e não por uma unanimidade de visões.
Talvez o maior dos mistérios seja não perceber que estar vivo não deixa de ser uma hipnose em alguns momentos.
A obra desse paraense, como a apreciamos no admirável A janela por onde entrava o sol, é das mais enraizadas no conceito de narrativa pura que hoje se produz no país. É um presente do autor para todos nós, no entendimento de que seus contos, quando transpostos ao papel, não pertencem mais ao escritor, mas sim a todo aquele que deles precise.
Jorge A. M. Maia
Poeta, jornalista, membro da Academia
Barcarenense de Letras